Doenças

Capsulite ou "ombro congelado"

Em 1934, um cirurgião chamado Codman reconheceu um espasmo muscular, rigidez do ombro, que denominou de “ombro congelado”. Depois, em 1945, Neviaser propôs o termo Capsulite Adesiva.

O ombro congelado é uma doença difícil de definir, de origem desconhecida, caracterizada por uma restrição da mobilidade do ombro, resultando da contratura e perda da elasticidade da cápsula da articulação do ombro. Tem uma incidência em torno de 2% na população geral, sendo sua frequência maior entre pessoas na faixa etária entre 40 e 60 anos, em especial, mulheres.

Vários fatores predispõem a rigidez do ombro, como diabetes mellitus, doenças da tireoide, traumas cirúrgicos, doenças cardíacas isquêmicas, doenças pulmonares como enfisema e bronquite crônica e pacientes com quadros depressivos, após traumatismos do ombro e após uma imobilização prolongada.

Em 10% a 40% dos pacientes, o envolvimento pode acometer os dois ombros. Normalmente os pacientes observam um aparecimento de uma dor intensa durante o dia e à noite, com a progressiva limitação da mobilidade e congelamento do ombro. Essas queixas podem durar de dois a três anos.

O diagnóstico da capsulite é clínico, baseado na história do paciente e em seu exame físico. Os exames de imagem são usados para excluir outras doenças. O tratamento, normalmente, é conservador com medicamentos e fisioterapia. Em torno de 5% dos pacientes, eventualmente, podem necessitar de um tratamento cirúrgico.